A Organização que aprende
Pensamento dos Gurus
"Daqui a dez anos, queremos que as revistas falem sobre a GE como sendo um lugar onde as pessoas podem ser criativas, um lugar que faça aflorar o melhor de cada um. Um lugar aberto e justo onde as pessoas se sintam importantes e onde essa sensação de realização seja recompensada tanto no bolso como na alma. Esse será o nosso boletim escolar." Jack Welch quando entrevistado pela HBR
Recomendações:
As principais forças de contenção ao nosso desenvolvimento são: (1)o medo de mais trabalho; (2)a percepção de resultado negativo; (3)necessidade de novos hábitos; (4)a falta de comunicação; (5)a incapacidade de alinhar a organização como um todo; (6)sentimento de ambigüidade que surge quando o familiar deixa de ser relevante.
Nas organizações tradicionais, em geral novas idéias são ignoradas e o lema é "só conserte o que estiver quebrado. Enquanto que na organização empreendedora incentiva-se a experimentação constante de novas idéias e as pessoas que assumem riscos e fracassam são estimuladas a tentar novamente.
Crie uma visão clara e convincente que mostre às pessoas que suas vidas vão melhorar; crie a necessidade de evoluir; busque os verdadeiros resultados de desempenho e crie vitórias desde o início; comunique, comunique e comunique um pouco mais; crie uma aliança forte e comprometida que inclua a alta gerência; as pessoas não resistem às suas próprias idéias.
As pessoas da organização acreditam que os acontecimentos econômicos, políticos e socioculturais são interconectados, uma condição que se aplica tanto dentro da organização quanto ao ambiente. Existe um compromisso conjunto em aprender e pensar sistemicamente e em entender como as coisas funcionam e, sobretudo, quais as conseqüências de suas ações ao longo do tempo.
A concepção do trabalho deve ser feita de modo que: as pessoas vejam uma conexão direta entre o que fazem e como sai o produto ou serviço final; realizem quase todas as tarefas de apoio necessárias a seu trabalho; controlem seu próprio ritmo de trabalho; decidam o que querem fazer; e que a resolução de problemas seja uma parte importante do trabalho de todos.
O papel da gerência deve evoluir de um estágio em que dizem às pessoas exatamente com as coisas devem ser feitas e depois as vigiam para garantir o cumprimento das normas para um estágio em que explicam os resultados necessários e ajudam seus subordinados a descobrir como farão o trabalho.
Os programas de Desenvolvimento Organizacional são criados para: alcançar desempenho superior e vantagem competitiva; melhorar o relacionamento com os clientes; evitar o declínio; melhorar a qualidade; compreender mais profundamente os riscos e a diversidade; criar inovação; promover o bem-estar pessoal e espiritual; gerenciar a mudança; possibilitar uma compreensão holística do ambiente.
O gerente precisa parar de se considerar responsável por dar ordens relativas ao seu próprio departamento, turno ou função e garantir o cumprimento das regras para se tornar um facilitador, que ajuda seus subordinados a ter sucesso, focalizando muita energia no que está acontecendo fora de sua parte na organização, estimulando a inovação, mesmo que isso signifique violar regras.
A organização empreendedora mantém um clima organizacional onde todos se sentem trabalhando em um pequeno negócio; onde muitos trabalham em unidades ou equipes que fabricam um produto completo ou oferecem um serviço completo; onde todos sentem uma forte identificação com o produto ou serviço final que sua unidade fornece; onde as funções de linha e de staff são inteiramente integradas
O aprendizado tem dois significados - adquirir conhecimento e adquirir habilidade. O conhecimento é o porquê, a parte conceitual do aprendizado - saber por que alguma coisa funciona ou acontece. A habilidade é o como, a aplicação - ter a habilidade de usar o porquê para fazer algo acontecer. Alguns Gurus argumentam que, no mundo real, especialmente no mundo dos negócios, saber "por que" e saber "como" são igualmente importantes.
O aprendizado mais eficaz, especialmente para adultos, resulta de um ciclo contínuo de experiência no próprio local de trabalho. (1)Vivemos experiências concretas no local de trabalho. (2)Refletimos sobre essas experiências, tentando compreender o que aconteceu e por que aconteceu. (3)Formamos conceitos abstratos e generalizações com base nessas experiências. (4)Testamos esses conceitos e generalizações através de novas experiências. (5)Em seguida, repetimos o ciclo, como se girássemos uma roda.
Extraído de BOYETT, Joseph & BOYETT, Jimmie.
O Guia dos Gurus: os melhores conceitos e práticas de negócios.
Rio de Janeiro: Editora Campus, 1999.
08/06/00
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