O mito da aprendizagem pela experiência
Por causa do efeito deslocado no tempo e espaço é que se torna muito difícil aprender com a experiência nas organizações.
As decisões mais importantes que se toma, sejam estratégicas ou operacionais, têm conseqüências no futuro e muitas vezes em áreas aparentemente sem afinidades, ou distantes do ponto em que as decisões foram tomadas. Isto faz com que seus efeitos sejam difíceis de serem captados e apreendidos para constituir uma base para aprendizagem. Para alguns executivos, "muitos vinte anos de experiência de executivos não passam de um só ano repetido vinte vezes."[1]
Pode-se dizer então que o aprendizado baseado na experiência é pouco eficiente, pois se acumula pouco conhecimento por não se considerar a dinâmica das conseqüências das decisões tomadas. Ou seja, perde-se no tempo a relação da causa com o efeito, ou basicamente não fica na memória qualquer registro sobre o contexto, os motivos, o que deu certo, o que deu errado e por que.
Talvez a Gestão do Conhecimento venha num futuro, estimular, manter, homogeneizar e difundir esses registros, que são basicamente contextos e narrativas, possibilitando assim alguma forma de aprender com experiências diversificadas.
[1]Rick Ross apud Senge(1993)
SENGE, Peter. A arte e a prática da organização-aprendizado. In: Novos paradigmas nos negócios. Michael Ray & Alan Rinzler. São Paulo: Editora Cultrix, 1993.
<< Home